Avançar para o conteúdo principal

(Reunião) Ata nº5 de 5 de maio de 2025

Local: Associação de Inquilinos e Condóminos no Norte de Portugal - R. do Bolhão, 
Hora: 18:00 
Presentes: documento interno

Ordem de trabalhos
  • Apresentação
  • Atividades
  • Organização

A reunião começou com uma pequena apresentação pessoal sobre cada um dos elementos presentes e também Alfredo Soares-Ferreira que participou via videoconferência. Foi um bom intercâmbio intergeracional.

Pedro Selas falou que desde apresentação do Livro “Pequenos Ensaios de uma Presidência para um país sem amos”, edição de autor, que ocorreu no dia 13 de Abril de 2024, na Junta de Freguesia de Mafamude e que foi apresentado por Ivânia Vera-Cruz, José Maria Silva e Pedro Selas.

No dia 18 de maio de 2024 dá lugar à ata nº1, em que em síntese decide criar um pequeno grupo de dinamização, contactar outros coletivos, e marcar uma outra reunião.

Há depois uma segunda reunião que não há ata.

Na terceira reunião, 14 de junho de 2024, no que já vinha sendo exposto, foi acordado criar-se redes sociais, um site, email. Continuou-se a mostrar vontade de contactar com outros movimentos.

Na quarta reunião, 10 de setembro de 2024, aprovou-se os materiais de divulgação na altura (que podem ser vistos aqui), decidiu-se iniciar também uma rubrica, chamada: “Conversas sem amos”, às 16:20 do segundos e quartos domingos de cada mês. Voltamos a manifestar vontade de contactar outros movimentos.

(as atas destas reuniões podem ser consultadas aqui)

As conversas sem amos decorreram online, com conversa, ideias, fugimos de muitos planos, encontramos muitos outros, há uns registos aqui mas a maior parte não está registada. A última terá sido em novembro ou dezembro.

Há uma nova apresentação do Livro ali referido, no início de janeiro de 2024, onde temos um contacto com o Alfredo Soares-Ferreira. Fez-se o rebranding das redes sociais, alargando-as, adaptou-se o blog para que seja um local de exposição individual ou coletiva das mais diferentes formas de exposição.

Foi feita uma tertúlia, que foi muito interessante e participada, e sentiu se necessidade de se fazer esta reunião, com apresentação, mas também falar do que se tem feito, do que se vai fazer e da organização.

Ivânia Vera-Cruz afirmou que o país sem amos é um movimento orgânico e informal, ou seja que se baseia na horizontalidade, e que combate o controlo dos corpos numa lógica de produtividade, havendo um controlo das mentes, fundamentado na norma, que também combatemos. As pessoas não têm formas de viver nesta sociedade, e que o país sem amos, é exatamente isso, a retirada dos amos, para que possamos acabar com todas as lógicas que nos aprisionam. Tinhamos que acabar com as correntes hegemónicas.

José Maria referiu que vivemos numa democracia de transição, que esta é tutelada por pequenos quarteis de interesses, dentro do estado e do capital, relembrou os tempos do PREC onde foram construídas, creches, ruas, escolas, hospitais, habitação, tendo isso como referência para construção dessa democracia sem tutelas.

[Participante não inscrito] Afirmou a necessidade de não estarmos presos em teorias e a necessidade de irmos de encontro das pessoas que trabalham todos os dias e vivem com enorme sofrimento.

Remetendo para o seu dia 25 de abril de 1974, Alfredo Soares-Ferreira, alertou para a possibilidade de estarmos a dormir, quando tudo se está a passar, sendo necessário acordar, que cabe a cada um de nós ir acordando quem está à nossa volta e ocupar as ruas. Que vai escrevendo e o seu pensamento pode ser acompanhado semanalmente no Diário 560. Há de facto umas estruturas opressivas e sociabilização burocrática que nos impede e que empurra para o estado atual das coisas. 

Pedro referenciou alguns versos da cultura portuguesa como “ninguem te vai salvar de uniforme”, que a tuga é fodida, e que temos que safar cólon podemos, cada um nós que tem estado no país sem amos porque sente-se parte ou sente seu, sem posse, e que portanto não tem havido a necessidade de direções, que nos vamos envolvendo, conversando, podemos criar vários momentos de convívio, várias formas de expressão da nossa mensagem, que no fundo o que tinha falado há pouco era o que tinha acontecido, o que vai acontecer não está definido, portanto cabe a cada um de nós, na nossa nossa agência.

Daniel disse funcionar muito bem a questão dos videos, foi esclarecido que tinha vindo da Rádio Transforma, uma rádio no porto.

Quanto à questão da organização, Alfredo referiu a necessidade de isto continuar fluido e a permitir o seu rápido alargamento, falou da possibilidade de uma necessidade orçamental. Referiu que podem fazer-se mais tertúlias pelo país.

Zé Maria alertou para as alianças com movimento tutelados por partidos, que não queremos ser partido, que somos um conjunto de redes que vamos estimulando para que consigamos construir essa terra sem amos.

Pedro também acha importante que não haja direção, que consigamos ir tendo a harmonia para estarmos sincronizados e respeitados, a questão do orçamento pode ser pertinente, mas para já não tem havido essa necessidade. E que concorda que devemos estimular as nossas redes de contactos, e se envolva cada um à sua maneira, como puderem, de forma expôntanea também no país sem amos. Referiu que sabia que era ele que tinha acesso às contas de internet do país sem amos, mas que está disponível para falar sobre tudo sobre isso, e que não se arroga senhor de nada acerca do país sem amos, apenas mais um funcionário voluntário neste plano da comunicação.

Ficamos de estimular as nossas redes quer fisicas quer informáticas, organizar eventos, ver e participar.

Fim: 19:30h



Comentários