Por Ivânia Vera-Cruz, em Blog, resumo da intervenção na Tertúlia - Caminhos Revolucionários: Espaço, Tempo e Outras Dimensões sem Amos. Que Presidência?
Resumo da intervenção
Panorama atual impele-nos a uma série de confrontos com o cansaço, mal-estar, falta de perceção de si e do outro. Tal está relacionado com a forma como nos organizamos, como o poder está distribuído por redes de relações de instituições e não só, mas, fundamentalmente; que se organizam de forma difusa e abstrata controlando os corpos, disciplinam e adestram para uma lógica de produtividade concretizando eficazmente através do controlo da alma, a criação da subjetivação e modos de ser. Sendo potencializados por sistemas de segmentação, colocação em caixas, partindo da normatividade. Existe sempre uma norma, um sistema, o normal, estas lógicas de pensamento são estabelecidas por modos de ser constituído o conhecimento.
Falamos de sistemas dicotômicos: “isto e aquilo” para deixarmos de olhar para a pluralidade das coisas.
Quando falo de alma refiro-me, a construção de subjetividade empregue nos regimes de verdades. Estes regimes verdade, modos ser, dizem respeito a universalidade do discurso a que chamo, de sistema de referenciação.
Nós não aprendemos a pensar, estamos manietados a referências, sistema, objetos, formas, autores. É deste modo, que o processo de assujeitamento se sucede e não falo de psicanálise, falo de sistemas de controlo que moldam a sociedade a ser exatamente como é; pobreza, miséria, fome, sem-abrigo, guerra e do outro lado grandes jantaradas de pessoas cansadas que só sabem falar de trabalho e dinheiro.
NÃO QUERO LADOS.
18 de abril de 2025
Ivânia Vera-Cruz
Comentários